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Confinamento é o sistema de criação em que lotes de animais são encerrados em piquetes ou locais com área restrita, onde os alimentos e a água necessários são fornecidos em cochos. Esse sistema de criação visa acelerar a engorda otimizando o processo produtivo. No Brasil, o termo confinamento geralmente se refere à criação de bovinos.
O confinamento de gado de corte se tornou expressivo a partir de 1980, com o fornecimento de alimentação, água e suplementos aos animais nos meses de inverno (junho a setembro) em função da estacionalidade de produção de forragem (entressafra). Cabe ressaltar que o sistema de produção intensiva de bovinos confinados é crescente e apresenta maior densidade na região Centro Oeste devido a logística de produção de alimentos, menor custo da terra e oferta de mão de obra mais acessível.
Algumas vantagens da prática de confinamento que dentre elas estão:

*Alívio da pressão de pastejo;
*Abates programados;
*Liberação de áreas de pastagens para utilização do plantio de outras culturas;
*Redução na idade de abate;
*Maior qualidade de carne (melhor acabamento de carcaça);
*Abate precoce ou encurtamento do ciclo além e
Outros.
O confinamento, quando executado com planejamento e estratégia é uma excelente saída.

A terminação em confinamento depende basicamente de:

Fonte de animais para terminação
Fonte de alimentos
De preços e mercado para o gado confinado
A partir disso, podem ser enumeradas como condições básicas para a adoção do sistema de engorda em confinamento:

Disponibilidade de animais com potencial para ganho de peso
Disponibilidade de alimentos em quantidade e proporções adequadas
Mão de obra
Gerência (planejamento e controle)
E para isto, tem aumentado a cada dia os investimentos em instalações próprias, ou para quem prefere poupar os esforços e investimentos destinados às condições básicas necessárias para a implantação de um confinamento, há uma série de confinamentos que disponibilizam sistemas de parcerias para com pecuaristas e demais instituições privadas.
Veja os modelos de Confinamento existentes no Brasil
1. Boitel:
O cliente contrata o confinamento e paga um valor por animal/dia referente a alimentação dos animais.
O cliente é responsável pela negociação dos animais com o frigorífico.
Na chegada dos animais no confinamento destinados a este modelo, é feita a pesagem individual no brete de contenção, juntamente com a rastreabilidade, everminação e vacinas contra botulismo e clostridiose.
Estas despesas de entrada são de responsabilidade do confinamento, que ainda disponibiliza ajuda com frete dos animais, com uma distância máxima de 150 km do confinamento.
Após esta operação de entrada, os animais são lançados no sistema gerencial do confinamento, o qual permite um acompanhamento detalhado pelo proprietário dos animais.
O parceiro optando por usufruir da rastreabilidade e assim receber o diferencial pago na arroba pelos frigoríficos, deve aguardar a permanência de noventa dias dos animais no confinamento, para animais advindos de fazendas sem adoção de rastreabilidade e de quarenta dias para aqueles animais que já apresentam rastreabilidade diretamente da fazenda de origem.
O confinamento garante níveis de proteína e energia nas dietas.

2. Parceria:

O cliente cede os animais para o confinamento, sendo estes pesados na entrada.
O cliente não tem despesas com a alimentação dos animais.
Após o abate, o cliente recebe do confinamento pelos bois magros o valor em @ boi gordo que foi negociado com o frigorífico.
Neste modelo de parceria, os animais são e devem ser pesados individualmente no brete de contenção do confinamento. Recebem a rastreabilidade, além do mesmo protocolo sanitário e cadastro de informações adotados no modelo de parceria anteriormente citado – boitel. Estas despesas inerentes a entrada são por conta do confinamento.
Os animais são pesados em jejum de seis a oito horas, porém, geralmente já chegam nestas condições devido ao tempo de transporte até o confinamento, onde é feita a pesagem imediatamente, quando dentro deste prazo.
O rendimento calculado é de 50%. O proprietário, além de receber o valor em arrobas de boi gordo por esse peso na entrada, recebe a metade do bônus Europa de cada animal, que é divido com o confinamento.

3. Contrato de parceria para prestação de serviço:

O confinamento é “arrendado” para um pecuarista, que é responsável por confinar um número acordado mínimo de animais, e fornecer toda a comida necessária para alimentação destes animais.
O cliente desfruta da infraestrutura adequada, do trabalho operacional e administrativo do confinamento, os quais são de responsabilidade do confinamento.
Por esses serviços, o confinamento é remunerado na maioria das vezes por uma diária estipulada por animal.

Vantagens
Para o pecuarista

Desocupação das áreas para agricultura.
Melhor aproveitamento dos animais.
Giro mais rápido.
Oportunidade de melhores preços nas vendas.
Ausência de mão de obra, etc.
Para o confinamento

Melhor aproveitamento da estrutura montada.
A não necessidade do desembolso do capital para aquisição dos animais.
Oportunidade de bons negócios.

Desvantagens

Para o pecuarista

Não fazer uma parceria com um confinamento que cumpre com o que foi acordado em termos de dietas (níveis de proteínas e energia), operacional e administrativo, o que pode influenciar no desempenho dos animais e nos resultados.
Porém, hoje dificilmente encontramos estabelecimentos assim, pois os mesmos não conseguem se manter por muito tempo oferecendo seus serviços.

Para o confinamento

O confinamento quando bem planejado, bem regido e calculado, dificilmente há desvantagens, a não ser por oscilações de mercado, as quais podem ser minimizadas com a utilização das opções que o mercado futuro oferece e os contratos com os frigoríficos.
A desvantagem para o confinamento que presta serviços é que em determinados anos, que são muito bons para a atividade, o mesmo fica impossibilitado de poder investir confinando o gado próprio e ter um retorno melhor, em função das parcerias.
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